REFLETINDO SOBRE LIBRAS
Ao interagir com a interdisciplina de LIBRAS percebi que, antes do início deste semestre, nunca havia parado para pensar sobre a existência de pessoas surdas. Quando me refiro que não pensei sobre a existência de pessoas com surdez, quero dizer que não havia parado para refletir sobre a forma de vida, de socialização, comunicação, aprendizagem, desenvolvimento dos mesmos. Parando para realizar as atividades propostas por esta interdisciplina, percebi que já conhecia uma criança surda, mas não me recordava, talvez por não ter dado importância e/ou por achar que nunca iria conseguir me comunicar com ela.
Hoje, tendo consciência da importância de conhecer esta cultura, não somente porque sou professora e posso vir a ter um aluno com surdez, mas para que possa realmente estabelecer relação entre meu discurso que se refere ao dever de construir uma sociedade para todos, acolhendo as mais diversas diferenças, com minha prática. Só será possível construir esta sociedade se não tratarmos a Língua Brasileira de Sinais, ou tantas outras manifestações culturais deste e de outros grupos, como algo só para os surdos ou só para quem acredita ou necessita. Conhecer a língua utilizada por este grupo é garantir que possam se comunicar com o mundo de forma natural, assim como acontece à comunicação através da língua portuguesa. Aliás, se a LIBRAS é reconhecida como língua oficial deste país, que possui estruturas gramaticais que a fundamentam, porque esta não aparece nos currículos escolares assim como a língua portuguesa? No mesmo momento em que a lei tenta incluir a prática exclui e este é um dos motivos pelo qual estamos hoje em um curso de pedagogia discutindo a importância do conhecimento e reconhecimento desta língua, esta que deveria estar presente nas discussões de nossos alunos desde a entrada destes na escola, ou ainda, esta deveria ser ensinada pelos pais desde o nascimento.
Não podemos olhar para as pessoas surdas e julgá-las “diferentes”, “deficientes”, “limitadas”, pois assim julgaríamos que nós, ditos “normais” seriamos o modelo de perfeição, sendo que em uma visão inclusiva não podemos evidenciar modelos, estereótipos sociais. O que devemos é reconhecer que somos todos diferentes, cada um com especificidades correspondentes ao grupo étnico, as experiências... que vivenciamos.
A comunidade dos surdos, que é formada também por pessoas ouvintes, estas que podem ser interpretes, ou apenas simpatizantes (geralmente familiares de surdos) é organizada e busca garantir os direitos previstos em lei, onde garante a valorização desta cultura e o reconhecimento da forma de vida, aprendizagem, comunicação deste grupo. A LIBRAS não sendo uma língua universal, mas própria de cada país, tem suas especificidades que variam de acordo com cada região, influenciada pelas culturas étnicas existentes.
A língua brasileira de sinais é uma forma eficiente de possibilitar o desenvolvimento lingüístico e a construção de aprendizagens as pessoas com surdez, portanto é extremamente necessário valorizar esta forma de comunicação e de relacionamento para que estas pessoas possam, sem vergonha, reconhecer-se surdo e construir uma identidade enquanto sujeitos.
Hoje sem muitos conhecimentos desta língua iria utilizar-me de gestos e mímicas para me comunicar com pessoas surdas, não seria totalmente compreendida e nem compreenderia totalmente, mas seria um começo. O simples fato de não evitar o contato, de não ter vergonha, receio, ou de olhar para o sujeito com surdez como um individuo “normal” já seria um começo bastante significativo.
O conhecimento desta cultura é a forma mais correta de interagir sem comprometê-la, sem desfazê-la ou sem influenciá-la a ponto de torná-la “comum”, sem características singulares, somente dela.
Ao interagir com a interdisciplina de LIBRAS percebi que, antes do início deste semestre, nunca havia parado para pensar sobre a existência de pessoas surdas. Quando me refiro que não pensei sobre a existência de pessoas com surdez, quero dizer que não havia parado para refletir sobre a forma de vida, de socialização, comunicação, aprendizagem, desenvolvimento dos mesmos. Parando para realizar as atividades propostas por esta interdisciplina, percebi que já conhecia uma criança surda, mas não me recordava, talvez por não ter dado importância e/ou por achar que nunca iria conseguir me comunicar com ela.
Hoje, tendo consciência da importância de conhecer esta cultura, não somente porque sou professora e posso vir a ter um aluno com surdez, mas para que possa realmente estabelecer relação entre meu discurso que se refere ao dever de construir uma sociedade para todos, acolhendo as mais diversas diferenças, com minha prática. Só será possível construir esta sociedade se não tratarmos a Língua Brasileira de Sinais, ou tantas outras manifestações culturais deste e de outros grupos, como algo só para os surdos ou só para quem acredita ou necessita. Conhecer a língua utilizada por este grupo é garantir que possam se comunicar com o mundo de forma natural, assim como acontece à comunicação através da língua portuguesa. Aliás, se a LIBRAS é reconhecida como língua oficial deste país, que possui estruturas gramaticais que a fundamentam, porque esta não aparece nos currículos escolares assim como a língua portuguesa? No mesmo momento em que a lei tenta incluir a prática exclui e este é um dos motivos pelo qual estamos hoje em um curso de pedagogia discutindo a importância do conhecimento e reconhecimento desta língua, esta que deveria estar presente nas discussões de nossos alunos desde a entrada destes na escola, ou ainda, esta deveria ser ensinada pelos pais desde o nascimento.
Não podemos olhar para as pessoas surdas e julgá-las “diferentes”, “deficientes”, “limitadas”, pois assim julgaríamos que nós, ditos “normais” seriamos o modelo de perfeição, sendo que em uma visão inclusiva não podemos evidenciar modelos, estereótipos sociais. O que devemos é reconhecer que somos todos diferentes, cada um com especificidades correspondentes ao grupo étnico, as experiências... que vivenciamos.
A comunidade dos surdos, que é formada também por pessoas ouvintes, estas que podem ser interpretes, ou apenas simpatizantes (geralmente familiares de surdos) é organizada e busca garantir os direitos previstos em lei, onde garante a valorização desta cultura e o reconhecimento da forma de vida, aprendizagem, comunicação deste grupo. A LIBRAS não sendo uma língua universal, mas própria de cada país, tem suas especificidades que variam de acordo com cada região, influenciada pelas culturas étnicas existentes.
A língua brasileira de sinais é uma forma eficiente de possibilitar o desenvolvimento lingüístico e a construção de aprendizagens as pessoas com surdez, portanto é extremamente necessário valorizar esta forma de comunicação e de relacionamento para que estas pessoas possam, sem vergonha, reconhecer-se surdo e construir uma identidade enquanto sujeitos.
Hoje sem muitos conhecimentos desta língua iria utilizar-me de gestos e mímicas para me comunicar com pessoas surdas, não seria totalmente compreendida e nem compreenderia totalmente, mas seria um começo. O simples fato de não evitar o contato, de não ter vergonha, receio, ou de olhar para o sujeito com surdez como um individuo “normal” já seria um começo bastante significativo.
O conhecimento desta cultura é a forma mais correta de interagir sem comprometê-la, sem desfazê-la ou sem influenciá-la a ponto de torná-la “comum”, sem características singulares, somente dela.