Construção do Conhecimento - Piaget
Nesta semana, ao visitar o eixo III, tive a oportunidade de rever a interdisciplina de Ludicidade e Educação, esta, que durante meu estágio docente, o qual realizei com uma turma de Pré Escolar - Educação Infantil - me auxiliou na compreensão da importância do brincar no desenvolvimento dos alunos e na construção de conhecimentos.
Relendo alguns aspectos da teoria de Jean Piaget sobre a Construção do Conhecimento e as Fases do Desenvolvimento Infantil, percebi que em muitos momentos meus alunos demonstraram, através das brincadeiras, a fase do desenvolvimento (sensório-motor de 0 a anos, Pré-Operatório de a 7 anos, operatório-Concreto de 7 a 11 anos e Operatório-Formal dos 12 anos em diante) ao qual se encontravam e como a construção de conhecimento estava acontecendo.
É importante destacar que uma fase complementa a outra, por isso é imprescindível que a criança vivencie bem cada uma delas, porém, não existe uma regra, que garante que todas as crianças irão vivencias todas as fases e nem vivenciá-las na faixa etária adequada. Um exemplo disso é uma aluna que tive que aos 5 anos deveria estar vivenciando as experiências obtidas da fase Pré-Operatório, que tem por características o egocentrismo, a exigência por respostas que sejam convincentes, enfim, ainda está muito ligada a representação concreta das coisas. Porém, esta aluna demonstrava ainda vivenciar características da fase anterior, a fase Sensório-Motor, onde tem poucas noções de espaço, tempo e não consegue observar as coisas e os fatos que estão ao seu redor e utilizá-los para construir algo para si. Como se fosse um bebê, que vê um brinquedo, mas ainda não sabe que pode pegá-lo.
Durante as observações percebi que os alunos vivenciavam frequentemente, quando estavam brincando, ações mentais que os ajudavam na construção de conhecimento, para estas ações Piaget da o nome de: Esquemas, Assimilação, Acomodação e Equilibração. Destas ações a mais fácil, em minha opinião, de ser observada é a Equilibração, que é um processo de passagem de ações que exigem menor para maior equilíbrio. Os alunos demonstravam constantemente os momentos aos quais perdiam o equilíbrio, isto ocorria geralmente quando esperavam que algo que estavam fazendo acontecesse de uma forma e isto não ocorria, então faziam um esforço enorme para Assimilar o que haviam feito e como deveriam fazer para que saísse da forma planejada, o que após conseguirem gerava a Acomodação, onde os alunos utilizam os conhecimentos que já possuem para organizar os novos, ou reorganizar os já obtidos a ponto de fazer dar certo o que planejam.
Hoje, refletindo para esta postagem procurei estabelecer relações entre a teoria de Construção de Conhecimentos, as Fases de desenvolvimento Infantil e a proposta do meu TCC, que é: Durante as brincadeiras, como a intervenção do professor pode auxiliar no desenvolvimento do aluno? Porém, a relação destas teorias com o meu trabalho de conclusão será abordado na próxima postagem, pois pretendo encontrar evidências que mostrem as intervenções e as consequências destas.