terça-feira, 14 de dezembro de 2010

REFLEXÕES FINAIS - SAUDADES
Reviver o que vivemos neste curso durante estes quatro anos e meio foi muito bom. A atividade que inicialmente parecia difícil e desgastante foi tomando sentido na medida em que relembrei todos os esforços realizados, as angústias vividas, os desafios superados, as amizades conquistadas, enfim, toda uma caminhada que envolveu muita gentem, muitos sentimentos e com certeza deixará saudades misturada com mudanças de práticas, de comportamentos, de pontos de vista. Este curso sediado em Três Cachoeiras mudou a cidade, mudou a forma de se pensar na Educação Municipal e deixa uma nova leva de educadores bem formados, bem instruídos que fazem parte desta nova educação. Concluímos este curso com a missão de mudar, de fazer a diferença. Durante estes anos de estudo conhecemos teorias, teóricos, dialogamos com a nossa realidade, com a nossa prática, repensamos nossa atuação profissional, agora é o momento de honrarmos tudo isso, honrando assim o diploma de pedagogos formados pela UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Estamos aqui pra fazer a diferença!!
Obrigada a todos os envolvidos, a todos os responsáveis e principalmente a todos os rofessores que se dedicaram por tornar deste litoral uma região que repensa a educação que faz educação!
TCC - EIXO IX
Neste eixo realizei pesquisas para a realização do meu Trabalho de Conclusão de Curso, tendo como inquietação: COMO A MEDIAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL PODE AUXILIAR NA FORMAÇÃO DO SUJEITO DURANTE OS MOMENTOS DE BRINCAR? Este tema surgiu das minhas inquietações durante o período do estágio, já relatadas neste blog.
O trabalho tem como objetivo mostrar que o brincar é fundamental para a promoção do desenvolvimento infantil e que o professor valendo-se da mediação e da interação com o mundo infantil pode tornar o brincar mais maduro e promover de forma mais significativa o desenvolvimento dos alunos, sem usar de autoritarismo. Para tanto, durante este semestre realizei pesquisas tendo como referencial teórico Tânea Fortuna, Kishimoto, Moyles e alguns colaboradores que dialogaram com a minha prática me fazendo compreender a importância do brincar na Ed. Infantil, bem como do envolvimento do adulto nestes momentos. A pesquisa de carater qualitativo foi analisada a partir de dados coletados na minha prática de estágio pois ao analisar minha atuação docente pude modificá-la qualificando-a.
ESTÁGIO DOCÊNTE - EIXO VIII
Realizei meu estágio com uma turma de Educação Infantil, da Escola Municipal de Educação Infantil Abelhinha e tinha como propósito planejar atividades que viabilizasse o desenvolvimento da autonomia, onde o sujeito pudesse dialogar com o seu conhecimento prévio e a partir da interação e da troca construir novos saberes, novas aprendizagens e até mesmo transformar as aprendizagens já construídas.
Fui para sala de aula com muitas atividades planejadas, mas desconhecia o conceito de autonomia e como esse seria desenvolvido. Ao mesmo tempo em que pretendia possibilitar o desenvolvimento através da interação e da troca levava atividades prontas que não valorizavam os conhecimentos dos alunos, que esperavam por respostas prontas, nada que valorizasse a construção, a descoberta.
Foi quando decidi mudar e rever minha prática. As atividades oferecidas davam conta de alguns objetivos da Ed. Infantil, porém davam conta de forma autoritária, imposta, que vinham contra minha vontade de formar sujeitos autônomos, de envolvê-los no processo e promover a construção e não a repetição.
O estudo dos conceitos de autonomia, de brincadeira, de mediação se fizeram presentes e modificaram minha atuação nas últimas semanas de estágio. O que mudou foi a forma como eu mediava as atividades, valorizando a ação do aluno sobre o que eu oferecia, deixando-os criar, recriar, reinventar o que estava ali, oferecido por mim.
Foi difícil abrir mão do controle para dar espaço ao incerto, inesperado, porém foi maravilhoso ver o envolvimento dos alunos e a construção de hipóteses, conceitos e conhecimentos de forma prazerosa.
EIXO VII - PLANEJAMENTO
Ao visitar as interdisciplinas do eixo VII deste curso deparei-me com a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação que me fez refletir sobre minha mudança de postura durante meu estágio curricular e que faz parte dos meus estudos no TCC. Ao reler o texto: Planejamento: em busca de caminhos de Maria Bernadete Castro Rodrigues pude repensar minha prática considerando este referencial teórico.
Ao iniciar meu estágio com uma turma de pré escolar tinha meus planejamento muito organizados e tinha sempre a intenção de aplicá-lo todo, sem muitas mudanças, queria ter domínio total sobre a situação. Conforme os dias foram passando percebi que não estava conseguindo envolver meus alunos, que estavam dispersos, sem interesse no que eu oferecia. Passei então a refletir sobre minha prática e observar mais como se dava o trabalho dos outros profissionais, já mais experientes. Passei a observar os alunos e percebi que o que os envolvia era o brincar livre, sem objetivos finais, mas o prazer de realizar a atividade em si. Percebi então que meu planejamento estava sendo autoritário. Ao mesmo tempo em que eu queria formar alunos autônomos eu usava do autoritarismo e impedia que eles fossem autônomos, autonomia está que para Constanci Kamii (1988) é construída na interação sem repressão, sem imposição.
Tinha um currículo para seguir, e ao mesmo tempo o desejo de envolver meus alunos e propiciar aulas prazerosas, então decidi unir o brincar, que é considerado por Smith (2006) como o trabalho infantil, a minha mediação como forma de promover este brincar, tornando-o mais maduro, promovendo consequentemente o desenvolvimento dos alunos. Para Maria Bernadete Castro Rodrigues toda ação pedagógica deve estar sustentada por pressupostos teóricos que explicitem concepções, sendo o planejamento a busca de aliar o "para quê" ao "como". Então, o planejamento estruturado é importante desde que dê espaço para o novo, para o inusitado.
EIXO VI

Visitando as interdisciplinas que fizeram parte do sexto semestre deste curso encontrei na interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais um relato importante da experiência vivenciada por Jen Itard (Médico) na tentativa de educar e reintegrar a sociedade um mnino com hábitos selvagens, encontrado na França no final do século XVIII. O texto retirado da III Conferência de Pesquisa Sócio-Cultural descreve como se deu o envolvimento do governo e dos pesquisadores da época na tentativa de garantir a integridade desta criança, oferecendo-lhe então um local para ficar onde receberia cuidados e faria parte de um estudo sobre o comportamento humano, na tentativa de educá-lo. Os estudos realizados com o menino, que inicialmente foi considerado surdo e mudo, condição atribuída inicialmente a falta de convívio com a civilização, são utilizados até os dias de hoje como base para novos estudos no campo educacional.
Itard com todo seu conhecimento sentiu dificuldades em utilizar métodos que fossem eficaz e viessem a garantir a educação desta criança. O pesquisador confessou em um de seus relatos que houve mais dificuldades devido aos desacertos dele enquanto professor do que do menino enquanto aprendiz. Considerando isso fico a pensar como, com a formação básica que temos na área da educação especial conseguiremos promover o desenvolvimento de nossos alunos tendo que cumprir currículos estagnados, onde todos devem chegar a uma média preestabelecida? É necessário pensar em uma educação para todos, onde se evidencie as peculiaridades, a cultura de cada sujeito.
Bem, hoje após ter revivida os estudos desta interdisciplina, de ter vivenciado a experiência do estágio percebo que necessidades educacionais especiais podem ou não estar relacionadas com deficiências físicas. No caso do menino selvagem ele tinha uma deficiência auditiva que unida a falta de convívio com a civilização por um período longo de tempo o tornou mudo. Mas existem casos de crianças que não sofrem alterações físicas mas apresentam necessidades especiais, necessidades educacionais, conhecida também como dificuldades de aprendizagens.
Percebemos que aos poucos a inclusão vai acontecendo, porém acredito que é preciso que os profissionais da educação se especializem mais para trabalharem com a inclusão promovendo o desenvolvimento do aluno e não apenas considerando suas limitações como empecilhos. É preciso reconhecer nossas falhas assim como fez Itard, considerando que seus métodos não estava sendo suficientes.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

USO DO TEMPO
Visitando o eixo V do curso de Pedagogia da UFRGS e relembrando as atividades de Seminário Integrador V sobre a organização do tempo e os Planos Individuais de estudos percebi que desde lá já estávamos sendo preparadas para uma vida estudantil de planejamento, para uma vida regrada, onde a organização seria crucial para o nosso desenvolvimento, para a nossa superação, para o nosso crescimento enquanto profissionais, quanto alunos, enquanto pessoas.
Revendo a tabela de uso do tempo preenchida por mim em 2008/2 percebi o quanto era necessário organizar e cumprir com o planejamento das minhas atividades diárias para que eu realmente conseguisse realizar todas. Hoje, quatro semestres depois, necessitando de tempo para realizar meu TCC percebo o quanto esta organização é importante, pois quando levo mais tempo do que o planejado para realizar uma tarefa, falta tempo para realizar as tarefas seguintes, e como conciliar lazer com final de faculdade? como ter tempo para família sem se preocupar com o TCC? impossível, todo segundo é valioso para a realização deste trabalho.
Já o Plano Individual de Estudos me fez lembrar das minhas metas para o V semestre, me fez relembrar os conhecimentos que eu gostaria de adquirir naquele momento. Hoje meus interesse mudaram, acredito que devido a minha experiência de estágio com a Educação Infantil, hoje só busco aprendizagens relacionadas a esta área. Como é bom relembrar nossas curiosidades e nossos planejamentos, como é bom reviver momentos importantes da nossa vida e como é bom ter estes momentos registrados!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

FECHAMENTO DO MÊS DE SETEMBRO


Pensando na proposta do meu TCC, que teve algumas mudanças na organização da pergunta: "Que efeitos podem ser percebidos pela mediação da professora nas brincadeiras infantis?" e relacionando com as reflexões postadas neste blog durante este mês, de setembro, considero que a mediação do professor auxiliará o aluno a compreender/assimilar suas novas descobertas, seus novos conhecimentos quando propiciar ao educando momentos de inquietações, de questionamentos pessoais que o levarão a busca de respostas. Não podemos desmotivar os alunos ou delimitar os campos de conhecimentos dando respostas prontas, ou informações que julgamos necessárias. É preciso que saibamos guiar os alunos a busca de respostas para suas dúvidas em diferentes meios, onde poderão compreender e construir novos conhecimentos.

Durante o mês de setembro voltei as interdisciplimas dos eixos I, II e III do curso de pedagogia a distância da UFRGS com o propósito de encontrar materiais que me auxiliassem na compreensão do meu trabalho de conclusão, por este motivo trouxe reflexões entorno da cultura do professor, pois considerei importante refletir sobre como a prática pedagógica é compreendida, história da infância, como foi construída a cultura da infancia, do ser criança e sobre as teorias de construção de conhecimento de Jean Piaget.

Estas reflexões me ajudaram a compreender que no momento em que conhecemos a nossa prática, o nosso aluno, a história e a cultura que está relacionada a cada envolvido no processo de aprendizagem exercemos com mais ética nosso trabalho, pois passamos a respeitar as limitações, as culturas, as diferenças de cada um.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Construção do Conhecimento - Piaget
Nesta semana, ao visitar o eixo III, tive a oportunidade de rever a interdisciplina de Ludicidade e Educação, esta, que durante meu estágio docente, o qual realizei com uma turma de Pré Escolar - Educação Infantil - me auxiliou na compreensão da importância do brincar no desenvolvimento dos alunos e na construção de conhecimentos.
Relendo alguns aspectos da teoria de Jean Piaget sobre a Construção do Conhecimento e as Fases do Desenvolvimento Infantil, percebi que em muitos momentos meus alunos demonstraram, através das brincadeiras, a fase do desenvolvimento (sensório-motor de 0 a anos, Pré-Operatório de a 7 anos, operatório-Concreto de 7 a 11 anos e Operatório-Formal dos 12 anos em diante) ao qual se encontravam e como a construção de conhecimento estava acontecendo.
É importante destacar que uma fase complementa a outra, por isso é imprescindível que a criança vivencie bem cada uma delas, porém, não existe uma regra, que garante que todas as crianças irão vivencias todas as fases e nem vivenciá-las na faixa etária adequada. Um exemplo disso é uma aluna que tive que aos 5 anos deveria estar vivenciando as experiências obtidas da fase Pré-Operatório, que tem por características o egocentrismo, a exigência por respostas que sejam convincentes, enfim, ainda está muito ligada a representação concreta das coisas. Porém, esta aluna demonstrava ainda vivenciar características da fase anterior, a fase Sensório-Motor, onde tem poucas noções de espaço, tempo e não consegue observar as coisas e os fatos que estão ao seu redor e utilizá-los para construir algo para si. Como se fosse um bebê, que vê um brinquedo, mas ainda não sabe que pode pegá-lo.
Durante as observações percebi que os alunos vivenciavam frequentemente, quando estavam brincando, ações mentais que os ajudavam na construção de conhecimento, para estas ações Piaget da o nome de: Esquemas, Assimilação, Acomodação e Equilibração. Destas ações a mais fácil, em minha opinião, de ser observada é a Equilibração, que é um processo de passagem de ações que exigem menor para maior equilíbrio. Os alunos demonstravam constantemente os momentos aos quais perdiam o equilíbrio, isto ocorria geralmente quando esperavam que algo que estavam fazendo acontecesse de uma forma e isto não ocorria, então faziam um esforço enorme para Assimilar o que haviam feito e como deveriam fazer para que saísse da forma planejada, o que após conseguirem gerava a Acomodação, onde os alunos utilizam os conhecimentos que já possuem para organizar os novos, ou reorganizar os já obtidos a ponto de fazer dar certo o que planejam.
Hoje, refletindo para esta postagem procurei estabelecer relações entre a teoria de Construção de Conhecimentos, as Fases de desenvolvimento Infantil e a proposta do meu TCC, que é: Durante as brincadeiras, como a intervenção do professor pode auxiliar no desenvolvimento do aluno? Porém, a relação destas teorias com o meu trabalho de conclusão será abordado na próxima postagem, pois pretendo encontrar evidências que mostrem as intervenções e as consequências destas.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Visitando o Eixo II
Durante esta semana pude rever e reviver as atividades e aprendizagens obtidas no segundo semestre deste curso. Visitando as interdisciplinas que fizeram parte deste eixo encontrei na Interdisciplina de Escolarização, Espaço e Tempo na perspectiva histórica um texto bem interessante de Manuel Jacinto Sarmento e Manuel Pinto, que aborda o seguinte tema: As crianças e a infância: definindo conceitos, delimitando o campo.
Meu objetivo era encontrar algo que me ajudasse na realização do meu TCC, que têm a seguinte questão: Durante as brincadeiras, como a intervenção do professor pode auxiliar na formação do sujeito?
O texto, de difícil compreensão, ajudou-me a refletir sobre como a infância vem sendo compreendida.
De modo geral, mostrou como os adultos conseguem pensar e criar leis que protegem a infância, sendo que ao mesmo tempo criticam as crianças quando se comportam com infantilidade, os adultos ao mesmo tempo que mandam as crianças brincar e acreditam que isso é importante para o desenvolvimento delas não compreendem o porque não param de brincar quando são mandadas parar.
Os autores destacam ainda que entre os direitos das crianças e da infância é possível encontrar: O direito a proteção, a provisão e a participação, mas que dentre estes o que menos é aplicado é o direito a participação. Como, diante das limitações da idade, podemos deixar que exerçam o direito a participação? Acredito que quando pensamos em estabelecer um desenvolvimento infantil através do brincar, este que faz da criança autônoma no seu processo de desenvolvimento estamos tentando deixar que exerçam a participação. Acredito que na educação infantil o brincar garante as crianças a participação efetiva no seu desenvolvimento.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

M
Miguel Arroyo - Uma breve reflexão sobre a cultura do professor
Revendo o que foi estudado no Eixo I, na Interdisciplina de Escola, Projeto Pedagógico e Currículo me deparei com o texto "Certezas nem tão certas", escrito por Miguel Arroyo, retirado do seu livro Ofício de Mestre que me fez refletir sobre a resistência estabelecida pelos educandos às novas práticas educacionais.
No texto o autor aborda a postura ética do professor criticando profundamente as dificuldades expressadas pelos profissionais da educação quanto a compreensão e aplicação das mudanças necessárias na prática docente, referindo-se principalmente a avaliação, a reprovação e a organização da escola.
O autor explica que o professor ao longo dos anos foi formando uma cultura que o sustentou por muito tempo, cultura esta que o deixava seguro, crenças e valores que jamais eram levados a discussão, simplesmente eram repetidos anos após anos. Porém em meados do século XX é possível observar uma crise no sistema educacional. Esta crise situa-se até a atualidade e provoca muito desconforto, insegurança e medo nos educadores. Ha muitas tentativas de estabelecer novos métodos de ensino, de avaliação, de planejamento que vira e mexe estão enraizados ao antigo modelo e isto ocorre por medo, medo de não se reconhecer a identidade do professor, medo de não conseguir exercer a função garantindo a disciplina, enfim, medo de não entender/compreender o sentido da profissão.
Durante o meu estágio resisti ao aplicar a metodologia dos PAs, pois considerava e ainda considero um tanto quanto difícil para a educação infantil, porém deixei o tempo passar e não me arrisquei a pensar em adaptar esta metodologia para utilizá-la com o grupo que estava trabalhando. Neste sentido agi assim como nos diz Miguel Arroyo, com medo, agarrei-me as certezas que protegiam minha tranquilidade, mas ao contrário dos relatos do autor, não dormi em paz com a minha consciência, hoje tenho ainda a dúvida se é possível ou não desenvolver PA com crianças da educação infantil.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

INICIANDO A PRODUÇÃO DO TCC
Realizei o meu estágio com uma turma de Pré Escolar (5 anos) e durante todo o período que fiquei com a turma pensava em dedicar-me no TCC para o estudo da importância do brincar (livremente, de forma dirigida, jogando) na Educação Infantil.
A inquietação por este tema surgiu da minha resistência, sabia da importância do brincar, mas as vezes me pegava pensado que poderia se tornar "perda de tempo".
Cheguei muitas vezes voltar a interdisciplina de Ludicidade com o objetivo de compreender o sentido do brincar para o desenvolvimento infantil, ou ainda da postura do professor quanto as intervenções durante as brincadeiras.
Durante umas duas semanas levei muitas atividades para os alunos e reduzi o tempo em que brincavam na sala. Aos poucos fui percebendo que estava muito difícil de trabalhar com eles e que faltava alguma coisa que os envolvesse nas atividades. Foi quando mudei minha postura dentro da sala de aula, deixei de querer ser a "PROFESSORA" que estava ali para "ENSINAR" e passei a brincar com eles. Percebi que a aula necessitava ser prazerosa, que a fantasia tinha mais valor do que o ABC, enfim, como nos diz Tânea Fortuna (2000) é preciso que saibamos brincar.
A partir daquele momento estabeleci outro tipo de relação com a turma, passei a ouvir mais, a sentar no tapete e brincar, a realizar passeios, saídas de campo e as atividades que levava envolviam sempre uma brincadeira, um jogo, algo que os envolviam.
Ontem na aula presencial com as orientadoras do TCC percebi que muitas de minhas colegas também queriam realizar um trabalho voltado para o brincar, o que não é estranho, visto que isto é a base da educação infantil.
Outro tema que considero interessante e que esteve presente na minha prática foi a questão da minha mudança de postura, então pensei em realizar algo relacionado a "postura do professor frente a educação infantil, ou a postura do professor de educação infantil na formação de sujeitos autônomos". Bem, estou bastante confusa, não sei bem ao certo o que irei fazer, se existem referenciais teóricos para estes temas, vou continuar pesquisando e logo retorno com novidades.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

UMA ATITUDE FRENTE A VIDA E AO MEIO AMBIENTE
A vida na Terra é possível graças a existência de uma camada de gases que rodeiam o planeta. Esta camada é chamada de atmosfera. Ela permite conservar e distribuir parte do calor que os raios solares proporcionam, atenuar a diferença de temperatura entre o dia e a noite e atuar como escudo impedindo a radiação direta. No entanto, o estilo de vida e o modelo de produção industrial impostos em todo o mundo estão produzindo um desequilíbrio nos gases da atmosfera. Começa então a surgir, o aquecimento global, o degelo das calotas polares, a poluição do ar, as doenças entre outros. E nós? De que forma estamos percebendo os efeitos das mudanças climáticas? O que fazemos em relação ao maior problema ambiental da atualidade? Qual meu papel como educadora perante esta situação?
Acredito, que os primeiros anos de vida são os mais favoráveis para ensinar e formar valores e atitudes, sendo que estes valores determinam os comportamentos éticos e morais do sujeito. Assim, se quisermos que as próximas gerações respeitem o Planeta Terra, devemos incluir propostas de atividades sobre o estudo da natureza e a relação com ser humano já na Educação Infantil.
Algumas atividades lúdicas podem ser muito importantes e ter grande significado na vida de uma criança. Uma delas é o conhecimentos por meio de experiências corretas da natureza e dos problemas que estão afetando e outra é a ressignificação de materiais por meio da reutilização.
A primeira consiste em passeios, exploração dos ambientes, cultivo de horta, iniciativas contra a poluição, produção de lixo... E a segunda é o uso de materiais alternativos "sucata" como material didático.
Parece pouco, mas estas atividades mostram as crianças uma vida mais sustentável, o valor da conservação, do respeito a tudo o que nos serve. O que perdeu sua primeira utilidade, poderia ser transformado em brinquedos, jogos e não se tornar lixo. Neste caso, não precisariam ser comprados tantos materiais pedagógicos, por exemplo. Cultivar uma horta na escola mostraria para os alunos a importância da produção familiar como forma de promover a agricultura sustentável e e diminuir o consumismo, além de obter uma alimentação mais saudável, sem contaminates químicos.
Assim, além de sua dimensão econômica e ecológica, a reciclagem, a produção sustentável, a preservação e a ressignificação portam valores psicológicos, fisiológicos e pedagógicos.
Durante toda minha prática pedagógica foquei meus objetivos e planejmentos visando conhecer meios alternativos para se obter qualidade de vida. Para isso, os alunos se envolveram em atividades que os faziam refletir sobre a forma como cuidamos do nosso corpo, da nossa alimentação, dos nossos sentimentos... Com certeza este é um tema a ser refletido por toda a vida, mas fico feliz em ter podido oferecer aos meus alunos um espaço onde construímos juntosconseitos e significados sobre este tema.
O ATO DE BRINCAR NO COTIDIANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
De certa forma, podemos observar que os educandores reconhecem o quanto é importante o ato de brincar na Educação Infantil, percebendo seu papel na construção do Eu e das relações interpessoais. No entanto, se verificarmos o cotidiano escolar, ainda encontramos muita recistência na prática destas atividades. Pois ainda hoje se discute a "posição" do Brincar e do Estudar.
Esta dita posição deve ser reavaliada, pois o brincar não está em apenas recrear-se, brincando a criança comunica-se consigo e com o mundo e neste ato representa o contexto em que está inserida.
Além disso, nós professores, que realizamos nosso trabalho pedagógico na perspectiva lúdica observamos a criança brincando e fizemos disso uma ocasião para definir novas propostas de trabalho. Vemos que o verdadeiro jogo é aquele que dá espaço para a ação do jogador, para a investigação, para o estímulo psicomotor e mental.
Acredito que ao brincar, ocorra todo um processo de troca, partilha, confronto e negociação, desequilíbrio e equilíbrio, conquistas coletivas e individuais. Assim, este ato proporciona o prazer e o conhecimento.
Em síntese, além de proporcionar diversão, o ato de brincar pode representar desafios e provocar o pensamento reflexivo.

domingo, 25 de abril de 2010

PERÍODO DE ADAPTAÇÃO
Estou estagiando em uma escola de educação infantil e assim como as crianças quando chegam na escola precisam de um tempo para adaptação para se identificar com o novo ambiente, com as novas relações, eu, durante estas duas semanas passei por esta experiência, estava me adaptando a tudo de novo que está acontecendo. Passei a entender melhor os sentimentos das crianças que chegam na escola tão pequenos e indefesos, deixando em casa o aconchego e a segurança do lar.
Nós, alunos da UFRGS não deixamos nada para trás, pelo contrario, acumulamos conhecimentos e experiências que nos ajudarão neste momento, porém, mesmo sabendo e reconhecendo esta bagagem cabamos nos sentido indefesos, inseguros, queremos fazer o melhor e aplicar o que sabemos, mas tememos não conseguir.
Estas duas semanas de adaptação me oportunizaram conhecer melhor a turma, a regente da turma e a escola. A cada dia que passou foi possível compreender um pouco melhor como é trabalhar com crianças tão pequenas, que adoram brincar e ouvir histórias. Esta experiência está sendo fantástica.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Início de Semestre - Início de Estágio
Iniciando o oitavo semestre deste curso sinto-me, mais do que nunca, preocupada. Há alguns dias estarei em sala de aula realizando o estágio, colocando em prática tudo o que estudamos ao longo destes quatro anos.
Não tenho experiência profissional na área e isso me encomoda, pois quero formar sujeitos autênticos, autônomos, pesquisadores, insaciáveis e não sujeitos que reproduzem o que ouvem, lêem. E me pergunto: Será possível fazer a diferença na vida destas crianças? Como? Como ajudá-los a descobrir, redescobrir, recriar, reinventar o mundo? Que meios utilizar? Acredito que a experiência ajudaria neste momento!
Sei que a docência é uma prática que tanto pode levar o sujeito a buscar mais e mais, a querer construir, ou pode levar o sujeito a desistir, a não sentir prazer em aprender, a aceitar tudo que existe sem prever alternativas de modificação, de novas visões, entendimentos. Quero ser uma professora que saiba ver, ouvir, sentir os desejos, anseios dos alunos. Que consiga motivá-los e desperte neles o prazer por serem responsáveis pelo próprio desenvolvimento. Quero ser mediadora.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ARQUITETURAS PEDAGÓGICAS
Analisando a terceira proposta de atividade solicitada pela Interdisciplina de Seminário Integrador VII para a recuperação intensiva fiquei um pouco apreensiva, pois conhecendo o trabalho com Projetos de Aprendizagens e classificando esta metodologia como uma arquitetura pedagógica senti-me na obrigação de produzir algo que fosse tão bom quanto o PA. Agregar elementos que leve o aluno a construir conhecimentos utilizando a web não é algo fácil, exige tempo e principalmente consciência do que realmente queremos que nossos alunos aprendam, que tipo de sujeito queremos formar, enfim, não é uma tarefa fácil. Estou pensando, refletindo mas parece que nada está bom!! Vou continuar tentando!!
??Como levar o outro a aprender??
Nesta semana, visitando o fórum no Rooda fiquei me questionando sobre uma questão lançada pela professora Eliana: "...de acordo com a metodologia de PA, como o sujeito (sejam eles crianças, jovens ou adultos) aprendem? Como é possível levar o outro a aprender? Que ações precisam ser acionadas/disparadas para levar o outro a aprender? O que essa metodologia nos diz sobre isso?" (esta pergunta renderia um ótimo trabalho de pesquisa). Refletindo sobre isso é possível destacar que a aprendizagem se dá através do envolvimento do sujeito com o objeto de estudo, sendo extremamente importante que o sujeito sinta-se instigado pela curiosidade, ou pela dúvida/incerteza a buscar respostas para suas perguntas, para tanto, o professor sendo mediador e exercendo sobre o aluno o papel de instigador, irá guiá-lo a construir, reconstruir, reformular conhecimentos.
Analisando a metodologia do PA destaco que é necessária a combinação de elementos que levarão o sujeito a construir conhecimentos que serão significativos para seu desenvolvimento, pois ele que decidirá o que quer aprender. Na minha opnião a autonomia e a investigação são os principais elementos necessários para uma educação emancipatória, que levam o aluno a busca espontânea pelas respostas de suas dúvidas, pelo conhcimento. A educação para a investigação propicia ao aluno a descoberta do novo ou ainda a reconstrução de teses e conceitos que sejam significativos para o sujeito, que constrói através de experimentações, simulações... Contudo a combinação destes elementos propicia o desenvolvimeno do aluno valorizando seus ideais.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PENSANDO EM ARQUITETURAS PEDAGÓGICAS
Após a leitura do texto Arquiteturas Pedagógicas para a Educação a Distância, das autoras Marie Jane Soares Carvalho, Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de menezes compreendi a importância de desenvolver uma prática educativa voltada para a incerteza, motivando o sujeito a buscar respostas para as suas dúvidas, ciriosidades, utilizando-se de debates, trocas e construções coletvas e colaborativas, onde o sujeito ganha espaço para exercer a autonomia, esta que propicia a busca e construção natural, pois o sujeito quando autônomo interage e se expõe a trocas de forma expontânea, encontrando nas idéias divergentes uma forma de refletir e construir/reestruturar suas concepções.
Como é importante pensar em uma educação que privilegie o desenvolvimento do sujeito e o faça pensar, criar, transformar!!!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Projetos de Aprendizagens
Nesta primeira semana de estudo tivemos a oportunidade de rever os textos referentes a metodologia de projetos de aprendizagens que mais uma vez nos fizeram refletir sobre a importância e os benefícios desta prática dentro das escolas.
Esta metodologia visa partir das curiosidades dos alunos, o que o impulsionaria a buscar, a construir conhecimentos e aprendizagens, além de propiciar momentos de reflexão sobre os próprios conhecimentos sobre sua curiosidade, destacando o que acha que sabe e o que acha que não sabe nas certezas e dúvidas. Um espaço que viabiliza o auto conhecimento, uma auto-avaliação e estimula a autonomia pela busca e superação. Ao longo do trabalho é extremamente necessário que a questão inicial, que surge através da curiosidade, seja retomada, assim como as certezas e dúvidas, para que o aluno constinue a exercer a reflexão e destaque o que ainda deseja conhecer, o que já construiu de conhecimento, ou seja, o que ainda é dúvida, o que não é mais certeza, ou o que é....
Considero esta metodologia importante pois possibilita trocas, construção coletiva, embates de idéias... o que faz o aluno aprender interagindo, discutindo, argumentando, se posicionando.
Esta prática possibilita que o aluno crie, construa, se posicione, pense por si e compreenda as coisas de formas diferentes, com olhares diferentes.