sexta-feira, 24 de setembro de 2010

FECHAMENTO DO MÊS DE SETEMBRO


Pensando na proposta do meu TCC, que teve algumas mudanças na organização da pergunta: "Que efeitos podem ser percebidos pela mediação da professora nas brincadeiras infantis?" e relacionando com as reflexões postadas neste blog durante este mês, de setembro, considero que a mediação do professor auxiliará o aluno a compreender/assimilar suas novas descobertas, seus novos conhecimentos quando propiciar ao educando momentos de inquietações, de questionamentos pessoais que o levarão a busca de respostas. Não podemos desmotivar os alunos ou delimitar os campos de conhecimentos dando respostas prontas, ou informações que julgamos necessárias. É preciso que saibamos guiar os alunos a busca de respostas para suas dúvidas em diferentes meios, onde poderão compreender e construir novos conhecimentos.

Durante o mês de setembro voltei as interdisciplimas dos eixos I, II e III do curso de pedagogia a distância da UFRGS com o propósito de encontrar materiais que me auxiliassem na compreensão do meu trabalho de conclusão, por este motivo trouxe reflexões entorno da cultura do professor, pois considerei importante refletir sobre como a prática pedagógica é compreendida, história da infância, como foi construída a cultura da infancia, do ser criança e sobre as teorias de construção de conhecimento de Jean Piaget.

Estas reflexões me ajudaram a compreender que no momento em que conhecemos a nossa prática, o nosso aluno, a história e a cultura que está relacionada a cada envolvido no processo de aprendizagem exercemos com mais ética nosso trabalho, pois passamos a respeitar as limitações, as culturas, as diferenças de cada um.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Construção do Conhecimento - Piaget
Nesta semana, ao visitar o eixo III, tive a oportunidade de rever a interdisciplina de Ludicidade e Educação, esta, que durante meu estágio docente, o qual realizei com uma turma de Pré Escolar - Educação Infantil - me auxiliou na compreensão da importância do brincar no desenvolvimento dos alunos e na construção de conhecimentos.
Relendo alguns aspectos da teoria de Jean Piaget sobre a Construção do Conhecimento e as Fases do Desenvolvimento Infantil, percebi que em muitos momentos meus alunos demonstraram, através das brincadeiras, a fase do desenvolvimento (sensório-motor de 0 a anos, Pré-Operatório de a 7 anos, operatório-Concreto de 7 a 11 anos e Operatório-Formal dos 12 anos em diante) ao qual se encontravam e como a construção de conhecimento estava acontecendo.
É importante destacar que uma fase complementa a outra, por isso é imprescindível que a criança vivencie bem cada uma delas, porém, não existe uma regra, que garante que todas as crianças irão vivencias todas as fases e nem vivenciá-las na faixa etária adequada. Um exemplo disso é uma aluna que tive que aos 5 anos deveria estar vivenciando as experiências obtidas da fase Pré-Operatório, que tem por características o egocentrismo, a exigência por respostas que sejam convincentes, enfim, ainda está muito ligada a representação concreta das coisas. Porém, esta aluna demonstrava ainda vivenciar características da fase anterior, a fase Sensório-Motor, onde tem poucas noções de espaço, tempo e não consegue observar as coisas e os fatos que estão ao seu redor e utilizá-los para construir algo para si. Como se fosse um bebê, que vê um brinquedo, mas ainda não sabe que pode pegá-lo.
Durante as observações percebi que os alunos vivenciavam frequentemente, quando estavam brincando, ações mentais que os ajudavam na construção de conhecimento, para estas ações Piaget da o nome de: Esquemas, Assimilação, Acomodação e Equilibração. Destas ações a mais fácil, em minha opinião, de ser observada é a Equilibração, que é um processo de passagem de ações que exigem menor para maior equilíbrio. Os alunos demonstravam constantemente os momentos aos quais perdiam o equilíbrio, isto ocorria geralmente quando esperavam que algo que estavam fazendo acontecesse de uma forma e isto não ocorria, então faziam um esforço enorme para Assimilar o que haviam feito e como deveriam fazer para que saísse da forma planejada, o que após conseguirem gerava a Acomodação, onde os alunos utilizam os conhecimentos que já possuem para organizar os novos, ou reorganizar os já obtidos a ponto de fazer dar certo o que planejam.
Hoje, refletindo para esta postagem procurei estabelecer relações entre a teoria de Construção de Conhecimentos, as Fases de desenvolvimento Infantil e a proposta do meu TCC, que é: Durante as brincadeiras, como a intervenção do professor pode auxiliar no desenvolvimento do aluno? Porém, a relação destas teorias com o meu trabalho de conclusão será abordado na próxima postagem, pois pretendo encontrar evidências que mostrem as intervenções e as consequências destas.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Visitando o Eixo II
Durante esta semana pude rever e reviver as atividades e aprendizagens obtidas no segundo semestre deste curso. Visitando as interdisciplinas que fizeram parte deste eixo encontrei na Interdisciplina de Escolarização, Espaço e Tempo na perspectiva histórica um texto bem interessante de Manuel Jacinto Sarmento e Manuel Pinto, que aborda o seguinte tema: As crianças e a infância: definindo conceitos, delimitando o campo.
Meu objetivo era encontrar algo que me ajudasse na realização do meu TCC, que têm a seguinte questão: Durante as brincadeiras, como a intervenção do professor pode auxiliar na formação do sujeito?
O texto, de difícil compreensão, ajudou-me a refletir sobre como a infância vem sendo compreendida.
De modo geral, mostrou como os adultos conseguem pensar e criar leis que protegem a infância, sendo que ao mesmo tempo criticam as crianças quando se comportam com infantilidade, os adultos ao mesmo tempo que mandam as crianças brincar e acreditam que isso é importante para o desenvolvimento delas não compreendem o porque não param de brincar quando são mandadas parar.
Os autores destacam ainda que entre os direitos das crianças e da infância é possível encontrar: O direito a proteção, a provisão e a participação, mas que dentre estes o que menos é aplicado é o direito a participação. Como, diante das limitações da idade, podemos deixar que exerçam o direito a participação? Acredito que quando pensamos em estabelecer um desenvolvimento infantil através do brincar, este que faz da criança autônoma no seu processo de desenvolvimento estamos tentando deixar que exerçam a participação. Acredito que na educação infantil o brincar garante as crianças a participação efetiva no seu desenvolvimento.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

M
Miguel Arroyo - Uma breve reflexão sobre a cultura do professor
Revendo o que foi estudado no Eixo I, na Interdisciplina de Escola, Projeto Pedagógico e Currículo me deparei com o texto "Certezas nem tão certas", escrito por Miguel Arroyo, retirado do seu livro Ofício de Mestre que me fez refletir sobre a resistência estabelecida pelos educandos às novas práticas educacionais.
No texto o autor aborda a postura ética do professor criticando profundamente as dificuldades expressadas pelos profissionais da educação quanto a compreensão e aplicação das mudanças necessárias na prática docente, referindo-se principalmente a avaliação, a reprovação e a organização da escola.
O autor explica que o professor ao longo dos anos foi formando uma cultura que o sustentou por muito tempo, cultura esta que o deixava seguro, crenças e valores que jamais eram levados a discussão, simplesmente eram repetidos anos após anos. Porém em meados do século XX é possível observar uma crise no sistema educacional. Esta crise situa-se até a atualidade e provoca muito desconforto, insegurança e medo nos educadores. Ha muitas tentativas de estabelecer novos métodos de ensino, de avaliação, de planejamento que vira e mexe estão enraizados ao antigo modelo e isto ocorre por medo, medo de não se reconhecer a identidade do professor, medo de não conseguir exercer a função garantindo a disciplina, enfim, medo de não entender/compreender o sentido da profissão.
Durante o meu estágio resisti ao aplicar a metodologia dos PAs, pois considerava e ainda considero um tanto quanto difícil para a educação infantil, porém deixei o tempo passar e não me arrisquei a pensar em adaptar esta metodologia para utilizá-la com o grupo que estava trabalhando. Neste sentido agi assim como nos diz Miguel Arroyo, com medo, agarrei-me as certezas que protegiam minha tranquilidade, mas ao contrário dos relatos do autor, não dormi em paz com a minha consciência, hoje tenho ainda a dúvida se é possível ou não desenvolver PA com crianças da educação infantil.