terça-feira, 14 de dezembro de 2010

EIXO VI

Visitando as interdisciplinas que fizeram parte do sexto semestre deste curso encontrei na interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais um relato importante da experiência vivenciada por Jen Itard (Médico) na tentativa de educar e reintegrar a sociedade um mnino com hábitos selvagens, encontrado na França no final do século XVIII. O texto retirado da III Conferência de Pesquisa Sócio-Cultural descreve como se deu o envolvimento do governo e dos pesquisadores da época na tentativa de garantir a integridade desta criança, oferecendo-lhe então um local para ficar onde receberia cuidados e faria parte de um estudo sobre o comportamento humano, na tentativa de educá-lo. Os estudos realizados com o menino, que inicialmente foi considerado surdo e mudo, condição atribuída inicialmente a falta de convívio com a civilização, são utilizados até os dias de hoje como base para novos estudos no campo educacional.
Itard com todo seu conhecimento sentiu dificuldades em utilizar métodos que fossem eficaz e viessem a garantir a educação desta criança. O pesquisador confessou em um de seus relatos que houve mais dificuldades devido aos desacertos dele enquanto professor do que do menino enquanto aprendiz. Considerando isso fico a pensar como, com a formação básica que temos na área da educação especial conseguiremos promover o desenvolvimento de nossos alunos tendo que cumprir currículos estagnados, onde todos devem chegar a uma média preestabelecida? É necessário pensar em uma educação para todos, onde se evidencie as peculiaridades, a cultura de cada sujeito.
Bem, hoje após ter revivida os estudos desta interdisciplina, de ter vivenciado a experiência do estágio percebo que necessidades educacionais especiais podem ou não estar relacionadas com deficiências físicas. No caso do menino selvagem ele tinha uma deficiência auditiva que unida a falta de convívio com a civilização por um período longo de tempo o tornou mudo. Mas existem casos de crianças que não sofrem alterações físicas mas apresentam necessidades especiais, necessidades educacionais, conhecida também como dificuldades de aprendizagens.
Percebemos que aos poucos a inclusão vai acontecendo, porém acredito que é preciso que os profissionais da educação se especializem mais para trabalharem com a inclusão promovendo o desenvolvimento do aluno e não apenas considerando suas limitações como empecilhos. É preciso reconhecer nossas falhas assim como fez Itard, considerando que seus métodos não estava sendo suficientes.

Um comentário:

Roberta disse...

Josiqueli!!

Também acredito que a inclusão deve ser muito bem pensada e elaborada para o professor, pois apenas colocar os alunos com dificuldades educacionais especiais em uma turma não é de fato uma inclusão.
Vejo que nessa postagem tu trazes uma boa reflexão com perguntas que te inquietaram durante a interdisciplina e posteriormente no estágio.
Isso mostra o teu amadurecimento como educadora.

Abraços
Roberta